O termo “psyche” nem
sempre é traduzido por alma, e isto não se dá simplesmente pela necessidade da
tradução, mas também pela necessidade teológica do tradutor em alguns casos, ou
seja, a tradução do termo “Psyche” para o português, em alguns poucos casos,
obedeceu tanto aos conceitos teológicos do tradutor quanto em outros casos,
obedeceu a correta dinâmica de tradução do texto.
Para consultar alguns versos que foram corretamente
traduzidos para o português, pois não lhes foi possível inserir o conceito de
imortalidade da alma veja ANEXO 1, na parte final deste resumo.
O termo grego “Psyche” é
no NT traduzido como: “alma” (Mt 16:26); “ânimo” (At 14:2, 22); “coração” (Cl
3:23); “vida” (Mt 10:39).
O Termo hebraico
“Nephesh” é no AT traduzido como: “alma” (Gn 1:30; 2:7); “vida” (Gn 9:4, 5; Lv
24:18); “vontade” (Gn 23:8); “pessoa” (Lv 2:1; 27:2); “morto” (Lv 19:28; 21:1;
Nm 5:2); “cadáver” (Lv 21:11; Nm 6:6 – nephesh mut; literalmente: alma morta); “homem” (Lv 22:6);
“alguém” (Lv 24:17); “coração” (Jó 21:25)
Encontramos um caso interessante em Jó 31:30 onde
transliteramos:
“Ve lô
natati lechato chiki L’Sheol bealah naphsho”
A versão King James traduz: “Neither have I suffered my mouth to
sin by wishing a curse to his soul.” – “E também não tolerei a maldade de minha boca
desejando uma maldição para sua alma”
Mas na ARC lemos: “também não deixei pecar o meu paladar, desejando a sua
morte com maldição”, ou
seja, o texto originalmente fala de uma alma para a boca mas em nossas
traduções isto é passado por alto e desconsiderado totalmente pois é
incompatível com a doutrina da imortalidade da alma e traria confusão sendo
nossa concepção geral imortalicionista!
Como poderíamos formar
uma doutrina com base numa concepção emprestada de tradutores acerca da
imortalidade da alma? Sim, afirmamos “concepção emprestada”, pois o texto
Sagrado diz que:
1) Alguém se contamina por tocar uma “alma morta” (Lv 21:11;
Nm 6:6).
2) O “homem tornou-se uma alma viva” (Gn 2:7);
3) O conceito de olho por olho, dente por dente e vida por vida
fala no original de “alma por alma” (Ex 21:23; Lv 24:18 e Dt 19:21).
4) A Escritura afirma clara e categoricamente que a alma morre (Ez
18:4).
Pretendemos com esta exposição,
com muita humildade e amor, incitar o estudante e mesmo os ensinadores a
consultarem os termos originais sem a pré-concepção imortalicionista.
Esta incitação porém, não parte do
desrespeito muito manos de soberba ou pedantismo. O que pretendemos e esta é
nossa oração a Deus é que, a opinião dos irmãos dicotomistas ou tricotomistas
passem a ser baseadas na Bíblia
corretamente. Nossa oração é haja um estudo imparcial e sem preconceitos acerca
do assunto imortalidade da alma; ainda que discordem da opinião de que os
conceitos de imortalidade da alma e a dicotomia ou tricotomia não partem das
Escrituras estaremos satisfeitos se esta posição for obtida através de uma
análise imparcial da visão mortalicionista quer seja aceita ou negada.
Não procuramos catequizar ninguém, mas
sim incitar a procurar e ver “... examinando cada dia nas Escrituras se estas coisas [são] assim. “ (At
17:11)
Este é nosso desejo e nossa sincera oração ao SENHOR:
Que eu, assim como nossos irmãos e mestres, tenhamos um conhecimento bíblico
acerca da Dicotomia e Tricotomia. Amém.
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