INSTITUTO DA HERANÇA JUDAICA nº 24
Digitalizado por: Anselmo Goldman
1. O CONCEITO de liberdade é de origem celeste. Escravidão, compulsão e força são incompatíveis com o caráter de nosso Pai celestial. Não é da vontade ou dos planos de Deus que uma nação escravize outra. Quando os egípcios trataram os descendentes de Jacó como escravos, Deus cobriu de pragas aquela nação e seu orgulhoso e tirano monarca. Mas, a despeito das poderosas manifestações do poder divino, Faraó teimosamente recusou libertar Israel até que o primogênito de cada lar descrente, por todo o vasto reino do Egito, morreu. Após recobrarem-se de seus temores dos juízos retributivos de Deus, os egípcios perseguiram os israelitas somente para perecerem nas profundezas do Mar Vermelho. Apesar do episódio ter-se passado há 35 séculos, o povo judeu por toda parte até o presente tem celebrado a Páscoa em comemoração dessa milagrosa libertação da escravidão egípcia.
2. A Páscoa é comumente conhecida como o Festival da Liberdade. A forma atual de sua observância pelos judeus, todavia, difere vastamente da maneira em que os antigos a celebravam. Estes últimos seguiam a precisa instrução, tal como lhes foi dada por Deus mediante Moisés.
3. A fim de captar a plena significação da Páscoa e seu profundo e sublime simbolismo, é necessário estudar as instruções divinas registradas no Santo Escrito. Uma contemplação, acompanhada de oração, dessa instrução original revelará que o Deus que odeia a escravidão física, detesta igualmente a mais perniciosa e degradante de todas
as escravidões — a escravidão espiritual ao pecado.
4. Na celebração da festa da Páscoa, a característica mais essencial era o cordeiro pascal. Antes de o divino decreto contra os primogênitos ser aplicado, Deus disse a Moisés:
• "Fala a toda a congregação de Israel, dizendo: No décimo dia deste mês tomarão para si cada homem um cordeiro, segundo a casa de seus pais, um cordeiro para cada família. Mas se a família for muito pequena para um cordeiro, então convidará ele o vizinho mais próximo à sua casa, conforme o número das almas; cada homem, conforme o que cada um puder comer, por aí calcula-reis quantos bastem para o cordeiro.
"O cordeiro será sem defeito, um macho de um ano; podereis tomar um cordeiro ou um cabrito; e o guardareis até ao décimo quarto dia do mesmo mês; e todo o ajuntamento da congregação de Israel o imolará ao crepúsculo [isto é, por volta das três horas da tarde],
"Tomarão do sangue e o aspergirão em ambas as ombreiras, e na verga da porta das casas em que o comerem, e comerão a carne naquela noite, assada no fogo; com pães ázimos e ervas amargas a comerão....
"Desta maneira o comereis: com os lombos cingidos, sandálias nos pés e cajado na mão; comê-lo-eis às pressas: é a páscoa do SENHOR...
"O sangue vos será por sinal nas casas em que estiverdes: quando Eu vir o sangue, passarei por vós e não haverá entre vós praga destruidora, quando eu ferir a terra do Egito..."
"O cordeiro há de ser comido numa só casa; da sua carne não levareis fora da casa, nem lhe quebrareis nenhum osso." Êxodo 12: 3-8, 11, 13, 46 (H).
5. O fiel cumprimento da instrução acima envolvia estes pontos principais:
(a) O cordeiro pascal (ou cabrito) devia ser escolhido no décimo dia de Abibe, o primeiro mês, e devia ser mantido à parte, até o décimo quarto dia desse mês.
(b) O cordeiro devia ser sem mancha.
(c) Deveria ser morto no décimo quarto dia, à tardinha.
(d) O sangue derramado devia ser espargido sobre os umbrais das portas da casa.
(e) A carne do animal era assada no fogo, para ser comida naquela noite.
(f) Devia ser comida com pão não levedado.
(g) Nem um osso deveria ser quebrado.
6. Era imperativo cumprir todas essas divinas instruções. Na verdade, tratava-se de uma questão de vida ou morte. Houvessem os israelitas, desconsiderado, em qualquer particular, as instruções dadas eles, juntamente com os egípcios, haveriam perdido seus primogênitos pela mão do destruidor.
Não seria sua ilustre ascendência ou sua identidade étnica que os salvaria da décima praga, naquela inesquecível noite do destino. O Senhor mesmo havia determinado à Israel a única forma possível de escape:
"O sangue vos será por sinal nas casas em que estiverdes: quando Eu vir o sangue, passarei por vós e não haverá entre vós praga destruidora, quando eu ferir a terra do Egito." Êxodo 12: 13 (H).
7. Pela sua obediência, Israel deu evidência de sua fé na grande libertação que estava para lhes ser concedida. Eles reconheceram que eles mesmos tinham algo a fazer para garantir a segurança de seus primogênitos. O sinal de sangue deveria ser colocado sobre suas casas. Esse sinal de sangue era a insígnia de proteção que tornou cada casa israelita um lugar seguro.
8. Então a praga foi aplicada com força esmagadora. O orgulho do Faraó que desafiava os céus estava agora humilhado até o pó.
O rei "levantou-se de noite, ele, todos os seus oficiais e todos os egípcios; e fez-se um grande clamor no Egito, pois não havia uma casa em que não houvesse um morto. Então, naquela mesma noite, chamou a Moisés e a Aarão e lhes disse: Levantai-vos, saí do meio do meu povo, assim vós como os filhos de Israel; ide, servi ao Senhor, como tendes falado. Levai também convosco vossas ovelhas e vosso gado, como tendes dito; ide-vos embora, e abençoai-me também a mim. Os egípcios apertavam com o povo, apressando-se em lançá-los fora da terra, pois diziam: Todos morreremos." Êxodo 12: 30-33 (H).
9. Assim Israel tornou-se um povo livre — libertado pelo manifesto poder de Deus.
A gratidão e fé nos corações do povo encontrou depois expressão no triunfante hino de gratidão registrado em Êxodo 15. Esse cântico, que comemora a grande libertação do povo hebreu, testifica de que Deus é a esperança de todos os que confiam nEle.
10. A Páscoa, com todos os seus aspectos essenciais, devia ser celebrada por Israel em nenhum outro lugar, exceto aquele que o próprio Deus designasse. Citamos:
• "Não poderás sacrificar a páscoa em nenhuma das tuas cidades que te dá o Senhor teu Deus; senão no lugar que o Senhor teu Deus escolher para fazer habitar nele o Seu nome, ali sacrificarás a páscoa, à tarde, ao pôr do sol, ao tempo em que saíste do Egito." Deuteronômio 16: 5, 6 (H).
11. Por vários séculos, a observância das festas anuais de Israel centralizava-se em qualquer lugar que seu santuário portátil era localizado. Mas depois que o primeiro templo foi construído no reinado do rei Salomão (971-931 A. E. C.), Jerusalém era o local designado, como declarado:
• "E a seu filho darei uma tribo: para que Davi, Meu servo, tenha sempre uma lâmpada diante de Mim em Jerusalém, a cidade que escolhi para pôr ali o Meu nome. " I Reis 11: 36 (H).
12. Surge naturalmente a pergunta quanto a por que nosso Pai celestial enfatizava a morte de um cordeiro. É óbvio que Ele poderia ter libertado a Israel do Egito sem requerer que aspergissem o sangue de um cordeiro sobre os umbrais de suas casas. Ele não tem nenhum prazer no derramamento de sangue, pelo fato em si. Uma vez, porém, que Deus requeria o derramamento desse sangue inocente devia ser feito porque Ele designara ensinar a Israel uma lição da maior importância, que não lhes poderia ser ministrada por qualquer outro meio ou método melhor.
13. O oferecimento de sacrifícios animais constituía a parte principal dos serviços rituais judaicos. Nenhum pecado poderia ser expiado sem derramamento de sangue. Cada sacrifício requerido devido à transgressão revelava o caráter sagrado da lei de Deus, os Dez mandamentos, que o pecador havia quebrado. Pecar é quebrar os mandamentos, pois está escrito:
• "Se uma alma pecar... contra qualquer dos mandamentos do Senhor. " Levítico 4: 2 (H).
E, novamente, foi claramente declarado:
• "Pecado é a transgressão da lei. " I João 3: 4.
A morte dos animais sacrificados também apontava ao resultado final do pecado, que é a morte eterna.
Por isso é que era necessário no Dia da Expiação, ao qual chamamos de Yom Kip-pur, que o sumo sacerdote tomasse o sangue expiatório do bode, morto como uma oferta pelo pecado em favor do povo, e o "aspergisse sobre o propiciatório, e também diante dele [isto é, a cobertura da arca]." Levítico 16: 15 (H).
Dentro da arca da aliança estavam guardadas as duas tábuas de pedra, nas quais Deus havia escrito com Seu próprio dedo Sua lei moral dos Dez Mandamentos. A violação de qualquer preceito dessa lei era pecado, e a penalidade pela transgressão era a morte. A aspersão do sangue do animal morto como oferta pelo pecado em favor do povo significava que ele havia morrido para pagar a penalidade por sua transgressão daquela lei sagrada, dentro da arca.
14. Quando o homem pecava, ele ficava sob o poder da morte, pois lemos:
• "A alma que pecar essa morrerá." Ezequiel 18: 4 (J).
• "O salário do pecado é morte." Romanos 6: 23.
Ademais, sendo que "não há quem faça o bem, não, nem um" [Salmo 53: 4 (J)]. "Todos pecaram e carecem da glória de Deus" (Romanos 3: 23); toda a raça humana está sob essa sentença de morte. "Não há homem que não peque." I Reis 8: 46 (J); II Crônicas 6: 36 (J). "Não há um homem justo sobre a terra, que faça o bem e que não peque. " Eclesiastes 7: 20 (J). Não fosse pela bondade e misericórdia de Deus, todos teríamos sido mergulhados no desespero absoluto — todos estariam destinados à miséria e extinção eterna.
15. Por meio do sistema sacrifical, como uma lição objetiva, Deus ensinou a Israel que foi provido um meio pelo qual os requerimentos de Sua lei violada poderiam ser satisfeitos e, ao mesmo tempo, misericórdia poderia ser estendida ao pecador culpado.
Moisés escreveu com respeito a essa morte substituinte:
• "Porque a vida da carne [do animal sacrificado] está no sangue. Eu vo-lo tenho dado sobre o altar, para fazer expiação pelas vossas almas: porquanto é o sangue que faz uma expiação em favor da alma." Levítico 17: 11 (H).
16. Neste curto verso Moisés declarou que o sangue derramado da inocente vítima animal faria expiação pela culpa da alma.
Foi Sua infinita compaixão e piedade pela raça caída que O moveu a conceber um plano pelo qual o homem pudesse ser redimido.
Toda oferta sacrificada deveria ser uma representação vivida do grande Sacrifício, o Messias, cuja morte vicária expiaria a culpa de quem houvesse quebrado a lei de Deus. Sua morte deveria confirmar e reassegurar a autoridade dessa lei e, ao mesmo tempo, tornar possível a Deus estender a misericórdia e o perdão ao pecador crente e arrependido.
17. Sendo que a lei de Deus é tão sagrada como Ele próprio, somente um igual a Ele poderia fazer expiação por sua transgressão. Portanto, ninguém a não ser o Messias poderia remir o homem caído da maldição ou penalidade da lei violada e trazê-lo novamente em harmonia com ela. O Messias ofereceu-Se para tomar sobre Si mesmo a culpa do homem pecador, a fim de resgatá-lo da ruína eterna. Ele Se dispôs a descer até às profundezas da miséria a fim de fazer isso. O Céu não fez qualquer outra provisão pela qual o homem penitente possa ser liberto da condenação e servidão do pecado.
18. Esse sofrimento vicário de um Substituto é claramente retratado em Isaías 53. Se nos familiarizássemos com esta escritura, abrir-se-iam perante nós visões da verdade e avenidas de investigação jamais sonhadas. Obteríamos uma nova concepção do caráter de Deus e melhor entenderíamos
Sua divina paciência e longo sofrimento com o pecador. O texto seguinte é a descrição de Isaías do divino Substituto — o Korban — que é o Cordeiro de Deus:
• "Certamente nossas enfermidades Ele levou sobre si, e suportou nossos sofrimentos; e nós O reputávamos por aflito, ferido de Deus, e oprimido. E Ele (foi) ferido por conta de nossas transgressões, e moído por causa de nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz (estava) sobre Ele, e por meio de Seus açoites fomos curados. Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um ao seu próprio modo, temos virado os nossos rostos; e o Senhor fez cair sobre Ele a iniqüidade de todos nós. Ele foi oprimido e humilhado, mas não abriu a Sua boca; Ele (foi) trazido como o cordeiro ao matadouro, e muda como uma ovelha perante os seus tosquiadores, Ele não abriu a sua boca. " Isaías 53: 4-7. (Heb.).
19. A quem se refere o termo "cordeiro" que é levado ao matadouro? Quem é esse sofredor que desviou a espada da justiça do culpado pecador e permitiu que ela traspassasse o Seu próprio coração? De quem está escrito que "O Senhor fez cair sobre Ele a iniqüidade de todos nós"? De nenhum outro a não ser o bendito Messias.
20. Sete séculos se passaram antes que a profecia acima, registrada por Isaías, encontrasse seu cumprimento. O longamente esperado Messias, então, apareceu.
João "vê a Yeshua vindo para ele, e diz: Eis o Cordeiro de Deus, O que suporta o pecado do mundo!" João 1: 29 (Gr).
Mais tarde "estava João de pé, com dois dos seus discípulos e, vendo a Yeshua andando, disse: Eis o Cordeiro de Deus." Versos 35 e 36. (Gr.).
21. Observe que João, o precursor do Messias, e também um dos maiores profetas de Israel, apresentou a Yeshua como o Cordeiro de Deus. O antigo cordeiro sacrifical simbolizava a Ele que era "o Cordeiro de Deus."
Paulo, o apóstolo judeu, declara:
• "O Messias, nossa páscoa, é sacrificado por nós. " I Coríntios 5: 7 (Gr.).
Yeshua foi o verdadeiro antitípico Cordeiro Pascal. Cada aspecto importante do antigo cordeiro pascal teve seu correspondente e encontrou seu pleno cumprimento em Yeshua o "Cordeiro de Deus."
22. O cordeiro pascal era separado quatro dias antes de ser morto. A morte de Yeshua foi planejada por líderes do Sinédrio vários dias antes de Sua crucifixão e, por conseguinte, Ele não mais caminhava abertamente entre o povo.
O cordeiro pascal deveria ser isento de mácula. A Escritura declara de Yeshua que ele era sem pecado.
• "Aquele [Yeshua] que não conheceu pecado, Ele [Deus] o fez pecado em nosso favor, a fim de que nEle pudéssemos nos tornar em justos de Deus. " II Coríntios 5: 21.(Gr. )
O cordeiro pascal era morto no 14o dia de Nisã "entre as duas tardes" ou entre 3: 00 e 4: 00h da tarde. Yeshua foi crucificado no 14° dia de Nisã e morreu na hora nona, entre 3: 00 e 4: 00h da tarde. Mateus 27: 46, 50; Lucas 23: 44-46.
A fim de salvar o primogênito de morte certa, não era suficiente que o cordeiro pascal fosse morto. O sangue derramado tinha que ser aspergido sobre os umbrais da porta das casas. De igual maneira, não é suficiente crer que o Messias morreu pelo mundo. Nós temos de crer que Seu sangue foi derramado por nós, individualmente. Somente ao nos apropriarmos dos méritos desse sangue e aplicarmos os benefícios de Sua morte expiatória à alma — crendo que Deus, por amor do Messias perdoa nossos pecados e nos purifica de toda iniqüidade — podemos ser protegidos da destruição final do pecado e dos pecadores.
• "Se, porém, andarmos na luz, como Ele [Deus] mesmo está na luz, mantemos comunhão uns com os outros, e o sangue de Yeshua, o Messias, Seu Filho, nos purifica de todo pecado." I João 1: 7. (Gr. ).
A carne do cordeiro pascal devia ser comida na noite imediatamente seguinte ao pôr do sol que marcava o encerramento do dia em que era morto. Yeshua morreu no mesmo dia em que Ele foi crucificado.
• "Já era quase a hora sexta [meio-dia], e as trevas caíram sobre toda a terra até à hora nona [cerca de 3: 00h da tarde], deixando o sol (de brilhar); e o véu do templo foi partido ao meio. E clamando com uma grande voz, Yeshua disse: Pai, nas Tuas mão entrego o Meu espírito! E, dito isto, Ele expirou." Lucas 23: 44-46 (Gr.).
O cordeiro pascal devia ser comido com pães sem fermento. Na Bíblia, o fermento é um símbolo do pecado. Pão sem fermento, portanto, é símbolo de sinceridade e verdade. Citamos:
• "Lançai vós fora o fermento velho, a fim de que possais ser uma nova massa, como sois de fato sem fermento. Pois também o Messias, nosso [Cordeiro] pascal, foi sacrificado por nós. Por isso celebremos a festa, não com o fermento velho, nem com o fermento da maldade e da malícia; mas com os não fermentados [pães] da sinceridade e da verdade. " I Coríntios 5: 7, 8 (Gr. ).
De igual modo, o fermento do pecado deve ser objeto de arrependimento e lançado fora e, em sinceridade e verdade, cada um de nós deve crer no Messias e receber vida e alimento da parte dEle mediante Sua Palavra.
Nenhum osso do cordeiro pascal devia ser quebrado. Ver Êxodo 12: 46; Números 9: 12. As pernas dos dois ladrões crucificados com Yeshua foram quebradas a fim de apressar a morte deles; mas quando os soldados vieram a Yeshua, descobriram que Ele já tinha morrido.
• "Os soldados, portanto, vieram e quebraram as pernas do primeiro e do outro homem que tinha sido crucificado com Ele [Yeshua]; e vindo a Yeshua, quando viram que Ele já estava morto, não Lhe quebraram
as pernas.... Pois estas coisas aconteceram para que a Escritura pudesse ser cumprida: Nenhum dos Seus ossos será quebrado. " João 19: 32, 33, 37. (Gr.)
23. Pelo acima exposto, está claro que o cordeiro pascal era um símbolo, uma figura, uma lição objetiva representando a Yeshua, o Messias, como o verdadeiro Cordeiro de Deus. Assim, temos oferecido evidência indiscutível de que Yeshua é o Messias, o Cordeiro de Deus. Ele morreu no mesmo dia e na exata hora do dia em que o cordeiro pascal devia ser sacrificado. O sacrifício do cordeiro pascal trouxe a Israel o livramento do
cativeiro físico; a morte de Yeshua, o Cordeiro Antitípico, nos livra da escravidão do pecado. Diz Deus:
• "Suas próprias iniqüidades levará o perverso por si mesmo e ele será preso com as cordas de seus pecados. " Provérbios 5: 22 (H).
24. O pecado escraviza uma pessoa. O pecador é mantido preso com as cadeias de seus próprios hábitos ímpios. O enganador, ou adúltero, ou mentiroso, pode gabar-se de sua suposta liberdade mas, em realidade,
uma tal pessoa é mantida na pior espécie de escravidão; pois ela é uma escrava, amarrada pelas correntes de sua própria culpa e hábitos pecaminosos. Há somente um po
der que pode partir o terrível peso que o mantém sobre os corações dos homens e esse poder é o de Deus, através do Messias. Ele declara:
• "Em verdade, em verdade vos digo: Todo o que comete pecado é escravo do pecado. Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeira mente sereis livres. " João 8: 34, 36.
Somente mediante o sangue de Yeshua, o Cordeiro de Deus, pode o homem resistir e dominar as propensões de sua natureza caída para o mal. Sem esse auxílio sobrenatural, o homem está fadado a mergulhar mais profundamente no pecado.
• "O pecado, uma vez consumado, traz a morte." Tiago 1: 15.
Yeshua diz a todos nós:
• "Se não crerdes que Eu sou Ele [o Messias], morrereis nos vossos pecados." João 8: 24.
25. Acaso você, prezado leitor, desviou-se de Deus consumindo os frutos da transgressão, apenas para descobrir que estava sob a escravidão do pecado, buscando aquietar uma consciência perturbada, com o pensamento de algum dia, talvez em alguma terrível situação, vá modificar seu ímpio modo de vida? Isso, contudo, não è feito tão facilmente. Cada indulgência pecaminosa fortalece a aversão da alma contra Deus. O homem que manifesta uma dureza infiel ou uma teimosa indiferença à verdade divina, não está senão colhendo os frutos do que ele próprio semeou.
Em toda a Bíblia não há uma advertência mais terrível expressada contra o lidar com o mal do que a que pode ser encontrada nas palavras do sábio, de que o pecador "será amarrado com as cordas de seu pecado." Provérbios 5: 22 (H).
26. As Sagradas Escrituras nos asseguram:
• "E Deus prova o Seu próprio amor para conosco, porque enquanto nós ainda éramos pecadores, o Messias morreu em nosso favor." Romanos 5: 8 (Gr. ).
O Messias nunca teria morrido por nós se o homem nunca houvesse quebrantado a lei de Deus, se o homem jamais houvesse pecado; mas quando o homem pecou, a lei requereu a penalidade de morte. Deus preparou um meio pelo qual o homem não precisasse morrer ou perecer eternamente; portanto o Messias morreu em lugar do homem. Ele deu Sua vida pela humanidade. E lembre-se:
• "Deus prova o Seu próprio amor para conosco, porque enquanto nós ainda éramos pecadores, o Messias morreu em nosso favor. " Romanos 5: 8 (Gr. ).
27. Para ilustrar o débito de gratidão que devemos a nosso divino Libertador, o bendito Messias, e também para que possamos compreender Romanos 5: 8 um pouco mais claramente, note a seguinte história:
Um garotinho estava brincando fora de sua casa com uma bola, enquanto sua mãe estava sentada na varanda, tricotando. Ele era apenas um menino de quatro anos de idade. Atirava a bola contra a parede e ao ela retornar, ele a apanhava. Porém, uma vez esta passou-lhe sobre a cabeça indo para a rua. Ele correu atrás dela, e um automóvel o atropelou.
Sua mãe gritou e correu à rua, onde estava a criança, deitada sobre uma poça de sangue. Levaram-no correndo a um hospital; o pai foi avisado e logo juntou-se a eles. O médico disse ao pai e à mãe: "Seu filho tem uma chance de vida em 50%. Contudo, ele perdeu muito sangue devido às hemorragias. Há somente uma maneira de salvar-lhe a vida, e é por uma transfusão sangüínea."
Assim, testaram o sangue do pai mas descobriram que não poderiam empregá-lo por não ser do tipo apropriado. A mãe, contudo, tinha o mesmo raro tipo de sangue da criança. Assim, eles tomaram uma quantidade de sangue dela e administraram à criança.
Poucos dias depois, o médico telefonou à casa dos pais da criança e disse: "O seu filho está tendo problemas novamente. Temo que ele morra, a menos que possamos obter o tipo apropriado de sangue e esperamos que algum voluntário se disponha a fazê-lo. "
Nesse ínterim, não apareceu ninguém que tivesse o requerido raro tipo sangüíneo, e a mãe insistiu com o médico para que lhe fosse tirada outra quantidade de sangue. Mas o médico lhe disse: "Você não é suficientemente forte. " Ela insistia: "Tire meu sangue; e deixe minha criança viver. " Ele retrucou: "Tirar-lhe-ei mais sangue se me prometer ficar uma semana de cama. "
Poucos dias depois, o médico retornou e disse ao pai e à mãe: "Novamente o seu filho está tendo uma recaída. Temo que não há nada que possamos fazer. Temos feito apelos por sangue, mas das centenas de pessoas que têm aparecido, nenhuma tem o tipo correto de sangue. Por favor, não me peça para tirar mais sangue de você. Eu poderia ir para a cadeia se o fizesse. "
A mãe levantou-se, ajoelhou-se aos pés do médico e suplicou-lhe que lhe tirasse tanto sangue quanto fosse necessário. Ele disse: "Eu não deveria fazê-lo, mas vou extrair metade da porção costumeira." Novamente a criança reanimou-se. Poucos dias mais tarde, o médico veio à casa e a mãe ainda estava de cama. Dessa vez o médico lhes disse: "Agora eu temo trazer-lhes más notícias. Seu filho está definhando novamente mas eu não posso mais tomar sangue seu, não importa quanto o queira ou quão zelosamente insista comigo pois, se eu lhe extrair mais outra quantidade de sangue, você morrerá. Contudo, notifiquei aos que trabalham no laboratório do hospital para que o primeiro indivíduo que aparecer com esse tipo de sangue, que dele extraiam o sangue e o administrem à criança. "
Na manhã seguinte o marido foi para o trabalho. Após ter deixado a casa, a mãe levantou-se, vestiu-se e chamou um táxi. Ela disse ao chofer: "Leve-me à barbearia mais próxima." Ao descer do táxi disse: "Espere-me aqui." Ela entrou na barbearia e falou ao barbeiro: "Faça-me um corte de cabelo de homem." Isso feito, ela saiu, entrou no táxi e foi para casa. Chegando em casa, ela correu até o guarda-roupa do esposo e vestiu um terno, sapatos e chapéu do marido. Então chamou outro táxi e disse ao chofer para levá-la ao hospital onde seu filhinho estava morrendo. Chegando lá, entrou na fila das pessoas que aguardavam para fazer exame de sangue. Um dos atendentes aproximou-se e extraiu-lhe uma amostra de sangue, examinou-o e levou-o ao médico de plantão, dizendo: "Doutor, tenho um homem aqui com o tipo raro de sangue de que necessitamos." Ele disse: "Então tire logo uma dose do sangue dele e aplique-o na criança." Ela amava muito aquele menino.
Finalmente, após o assistente ter aplicado a transfusão de sangue, voltou e uma enfermeira lhe disse: "Ouvi falar sobre aquele homem que desmaiou? Está em coma, agora." Ele perguntou: "Onde está ele?" A enfermeira respondeu: "Naquele quarto ali."
Ele foi lá e disse: "Dispa o homem e coloque-o na cama." Mas quando começaram a despir o homem, descobriram tratar-se de uma mulher e suspeitando que ele pudesse ser a mãe da criança, chamaram o médico que cuidava do caso. Quando ele entrou no quarto, declarou: "É a mãe. Ela vai morrer."
Dirigindo-se ao quarto do menino, descobriu que, em lugar de estar deitado sobre o leito, muito fraco para se mover, ele estava em pé, segurando o berço e dizendo: "Quero minha mãe; eu quero minha mãe."
Ele então lhe disse: "Filhinho, você vai viver, mas sua mãe morrerá." O pai foi chamado e o médico lhe contou o que havia ocorrido. E também recomendou ao assistente: "Quero que aplique um estimulante a esta mãe, para que possa ver o seu filho vivo, antes que ela morra."
O estimulante foi administrado e logo a mãe começou a reagir e abrir os olhos, e a primeira coisa que seus olhos perceberam foi seu garotinho que o pai estava segurando e ela disse fracamente: "Filhinho, filhinho." O médico disse: "Sim, o filhinho vai viver. Já superou a crise."
Ela olhou para o menino e disse: "Graças a Deus," e reclinou sua cabeça e morreu.
28. Tal como aquela mãe deu o seu sangue para que o seu filho vivesse, assim também Yeshua, o Messias, deu o Seu sangue para que pudéssemos viver. Já não é tempo, agora, para entregar nosso coração a Yeshua e nos submetermos a Ele, para que quando o Messias vier novamente possamos ser salvos para sempre?
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Este material é parte integrante de uma série de 40 estudos de temas variados com títulos como: “A Maior Contribuição dos Judeus Para a Civilização” (Lição nº 02); “Por que Israel foi Antigamente escolhido por Deus” (Lição nº 16); “Conceitos Bíblicos e Talmúdicos Sobre O Messias” (Lição nº 17); “Como podemos identificar o Messias?” (Lição nº 23); entre outras.
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