"...estenderei a minha mão contra os habitantes desta terra, diz o SENHOR. Porque desde o menor deles até ao maior, cada um se dá à avareza; e desde o profeta até ao sacerdote, cada um usa de falsidade e curam superficialmente a ferida da filha do meu povo, dizendo: Paz, paz; quando não há paz. Porventura envergonham-se de cometer abominação? Pelo contrário, de maneira nenhuma se envergonham, nem tampouco sabem que coisa é envergonhar-se..." (Jeremias 6.12 a 15)

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

A Necessidade de Mestres na Palavra

Por: Alexandre R. de Souza – Professor da Classe Bíblica da IRMAP - jardim NAZARÉ – Suzano


Paulo nos apresenta, em ordem cronológica, todos os ministérios que Deus estabeleceu em Sua Igreja. Paulo escreve:
(1 Cor. 12:28) “E a uns pôs Deus na igreja, primeiramente apóstolos, em segundo lugar profetas, em terceiro mestres, depois operadores de milagres, depois dons de curar, socorros, governos, variedades de línguas.”

Em especial queremos analisar os “mestres” aos quais Paulo se refere. A palavra grega para “mestres” é “διδασκαλος - didaskalos”. É o mesmo que professor; alguém apto a ensinar. Diferente do termo traduzido como mestre do qual Jesus diz: “não queirais ser chamados mestre, porque um só é o vosso Mestre, a saber, o Cristo, e todos vós sois irmãos.” (Mat. 23:8).
O termo neste verso é “ραββι - rhabbi” e “καθηγητης - kathegetes”. Jesus diz: “não queirais ser chamados mestre (ραββι - rhabbi), porque um só é o vosso Mestre (καθηγητης - kathegetes), a saber, o Cristo, e todos vós sois irmãos.” Com isto Mateus mistura os dois termos que denotam aquele que ensina e deve ser imitado: “Rabi e Catequista”. O termo grego Didaskalos é no Hebraico equivalente a Mowréh. A mistura que Mateus fez dos termos grego e hebraico e a forma como Jesus expõe sua lição, mostra claramente que ela é universal, servindo a gentios e judeus.

O professor… Esta figura esquecida dos arraiais do SENHOR. Este ministério rejeitado e classificado como morto, frio e sem o Espírito. O estudo da palavra não é necessário, é o que dizem, temos o Espírito! Repetem o verso e dizem “A letra mata mas o Espírito vivifica” e assim fazem mal uso da Escritura e desclassificam o ministério dos Mestres ou Professores da Palavra do SENHOR.

Pois bem… para aqueles que gostam de ver sentidos ocultos em tudo, pois então vamos ao sentido oculto na Escritura sobre os Morim (Moréh no plural). Em Israel, os frutos da terra são sinônimo de bênçãos de Deus. E diversas vezes vemos a Verdade como sendo um fruto. Jesus perguntava: “Colhem-se, porventura, uvas dos espinheiros, ou figos dos abrolhos?” Isto referindo-Se aos falsos mestres. As obras do Espírito são chamados de “fruto” (singular mesmo) por Paulo: Gálatas 5:22-23 “Mas o fruto do Espírito é: o amor, o gozo, a paz, a longanimidade, a benignidade, a bondade, a fidelidade a mansidão, o domínio próprio; contra estas coisas não há lei.”
Ainda falando dos frutos, estes só nascerão na terra de Israel de acordo com as chuvas que vinham cada uma a seu tempo. Mesmo nos profetas, ao lermos sobre a abundância da terra e das bênçãos de cereais, lemos sobre duas chuvas imprescindíveis para a fartura dos frutos; as chuvas temporã e a chuva serôdia.
(Jeremias 5:24) “Não dizem no seu coração: Temamos agora ao Senhor nosso Deus, que dá chuva, tanto a Temporã como a tardia (Serôdia), a seu tempo, e nos conserva as semanas determinadas da sega.” Estas chuvas são as do Outono e da Primavera em Israel.

A primeira chuva preparava o solo para receber o grão e todo o plantio era feito nesta época das chuvas de outono, as chuvas Temporãs. Então havia um período de estiagem até o crescimento dos frutos, mas estes somente amadureciam com as últimas chuvas, as chuvas da primavera. Pra resumir: Toda a abundância de Israel dependia destas duas chuvas, as primeiras no outono e as últimas na primavera. Sem estas chuvas, Israel padecia de mantimento ou não possuía frutos perfeitos.
O texto de Joel ilustra muito bem isso: Joel 2:23-27 – “(23) Alegrai-vos, pois, filhos de Sião, e regozijai-vos no Senhor vosso Deus; porque ele vos dá em justa medida a chuva temporã, e faz descer abundante chuva, a temporã e a serôdia, como dantes. (24) E as eiras se encherão de trigo, e os lagares trasbordarão de mosto e de azeite. (25) Assim vos restituirei os anos que foram consumidos pela locusta voadora, a devoradora, a destruidora e a cortadora, o meu grande exército que enviei contra vós. (26) Comereis abundantemente e vos fartareis, e louvareis o nome do Senhor vosso Deus, que procedeu para convosco maravilhosamente; e o meu povo nunca será envergonhado. (27) Vós, pois, sabereis que eu estou no meio de Israel, e que eu sou o Senhor vosso Deus, e que não há outro; e o meu povo nunca mais será envergonhado.”

Vamos agora àqueles que só se “empolgam” quando aprendem coisas não tão explícitas, ou que dizem só ser de Deus o ensino Espiritual e Novo. A chuva que era lançada a fim de preparar o solo e os grãos para crescerem, são as primeiras chuvas, a chuva temporã. Exatamente a palavra hebraica para descrever esta chuva, é a palavra que designa o mestre ou professor. Esta palavra hebraica é mowreh.
O Léxico de Strong Hebraico Aramaico e Grego assim define este termo: 1) (a primeira) chuva; 2) professor
Não é em vão que o Mowréh ou simplesmente Moréh, é copiado por Satanás irmão.
Satanás tem seus falsos mestres enquanto que a Igreja do SENHOR despreza o ministério dos verdadeiros Morim!
Sem o ministério destes, os frutos em Israel (Igreja do Senhor) ou não nascerão, ou serão defeituosos e imperfeitos. As primeiras chuvas, o evangelho, o ensino… são estes que precedem a segunda chuva, a chuva do Espírito Santo sobre a vida do crente para que o mesmo dê seus frutos já comentados.
Os frutos do Espírito somente são possíveis, com estas duas chuvas: A chuva do ensino e a chuva do Espírito.
Se lembra dos Apóstolos no Pentecoste? Pois bem… o Ensino eles já receberam do verdadeiro Moréh, Jesus Cristo. Mas não havia ainda poder algum neles, não convertiam ainda 3000 num só dia (se bem Que quem converte é Cristo), não! Os frutos na Igreja do SENHOR só apareceram com a descida do Espírito; a chuva Serôdia.
Dá-nos as chuvas SENHOR. “Faz descer abundante chuva, a temporã e a serôdia, como dantes. E as eiras se encherão de trigo, e os lagares trasbordarão de mosto e de Azeite.”
Amém.

Um comentário:

  1. Tremendo Anselmo....Glória a Deus pelos mestres...na realidade o que vejo é uma falta de entendimento, até mesmo uma ignorância do Povo que serve a Deus. Queremos o poder, mas não o saber. Dá-se valor a manifestação, mas não a Aquele que se manifesta. Por isso Jesus escreveu que no fim dos dias muitos, mas muitos dirão que fizeram e foram usados por Deus em benefício do Corpo, mas Jesus dirá que não os conhece. Creio que a nossa luta (Mestres) é levar a exatidão da Palavra ao Corpo de Cristo (Igreja). A unica função dos 05 Ministérios estabelecidos em EF. 4 é o aperfeiçoamento do Corpo de Cristo. Se o corpo está sendo aperfeiçoado, os ministérios estão funcionando bem, caso contrário, precisamos rever nossos conceitos. Que o Senhor possa levantar verdadeiros Mestres, cuja a unica motivação seja levar a Cristo as pessoas, estabelecer o Reino de Deus e trazer LUZ, acerca dos mistério de Deus. Creio nos ministérios e defendo os mestres....Deus os escolheu e lhes confiou um desafio...Shalom...

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