"...estenderei a minha mão contra os habitantes desta terra, diz o SENHOR. Porque desde o menor deles até ao maior, cada um se dá à avareza; e desde o profeta até ao sacerdote, cada um usa de falsidade e curam superficialmente a ferida da filha do meu povo, dizendo: Paz, paz; quando não há paz. Porventura envergonham-se de cometer abominação? Pelo contrário, de maneira nenhuma se envergonham, nem tampouco sabem que coisa é envergonhar-se..." (Jeremias 6.12 a 15)

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

O Que Está Faltando na Celebração de Pessach?

INSTITUTO DA HERANÇA JUDAICA nº 24
Digitalizado por: Anselmo Goldman
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1. O CONCEITO de liberdade é de origem celeste. Escravidão, compulsão e força são incompatíveis com o caráter de nosso Pai celestial. Não é da vontade ou dos planos de Deus que uma nação escravize outra. Quando os egípcios trataram os descenden­tes de Jacó como escravos, Deus cobriu de pragas aquela nação e seu orgulhoso e tira­no monarca. Mas, a despeito das poderosas manifestações do poder divino, Faraó tei­mosamente recusou libertar Israel até que o primogênito de cada lar descrente, por todo o vasto reino do Egito, morreu. Após recobrarem-se de seus temores dos juízos retributivos de Deus, os egípcios persegui­ram os israelitas somente para perecerem nas profundezas do Mar Vermelho. Apesar do episódio ter-se passado há 35 séculos, o povo judeu por toda parte até o presente tem celebrado a Páscoa em comemoração dessa milagrosa libertação da escravidão egípcia.
2. A Páscoa é comumente conhecida co­mo o Festival da Liberdade. A forma atual de sua observância pelos judeus, todavia, difere vastamente da maneira em que os an­tigos a celebravam. Estes últimos seguiam a precisa instrução, tal como lhes foi dada por Deus mediante Moisés.
3. A fim de captar a plena significação da Páscoa e seu profundo e sublime simbolismo, é necessário estudar as instruções divi­nas registradas no Santo Escrito. Uma con­templação, acompanhada de oração, dessa instrução original revelará que o Deus que odeia a escravidão física, detesta igualmen­te a mais perniciosa e degradante de todas
as escravidões — a escravidão espiritual ao pecado.
4. Na celebração da festa da Páscoa, a característica mais essencial era o cordeiro pascal. Antes de o divino decreto contra os primogênitos ser aplicado, Deus disse a Moisés:
"Fala a toda a congregação de Israel, dizendo: No décimo dia deste mês tomarão para si cada homem um cordeiro, segundo a casa de seus pais, um cordeiro para cada família. Mas se a família for muito pequena para um cordeiro, então convidará ele o vizi­nho mais próximo à sua casa, conforme o número das almas; cada homem, conforme o que cada um puder comer, por aí calcula-reis quantos bastem para o cordeiro.
"O cordeiro será sem defeito, um macho de um ano; podereis tomar um cordeiro ou um cabrito; e o guardareis até ao décimo quarto dia do mesmo mês; e todo o ajunta­mento da congregação de Israel o imolará ao crepúsculo [isto é, por volta das três ho­ras da tarde],
"Tomarão do sangue e o aspergirão em ambas as ombreiras, e na verga da porta das casas em que o comerem, e comerão a carne naquela noite, assada no fogo; com pães ázimos e ervas amargas a comerão....
"Desta maneira o comereis: com os lom­bos cingidos, sandálias nos pés e cajado na mão; comê-lo-eis às pressas: é a páscoa do SENHOR...
"O sangue vos será por sinal nas casas em que estiverdes: quando Eu vir o sangue, passarei por vós e não haverá entre vós pra­ga destruidora, quando eu ferir a terra do Egito..."
"O cordeiro há de ser comido numa só casa; da sua carne não levareis fora da ca­sa, nem lhe quebrareis nenhum osso." Êxo­do 12: 3-8, 11, 13, 46 (H).
5. O fiel cumprimento da instrução acima envolvia estes pontos principais:
(a) O cordeiro pascal (ou cabrito) devia ser escolhido no décimo dia de Abibe, o pri­meiro mês, e devia ser mantido à parte, até o décimo quarto dia desse mês.
(b) O cordeiro devia ser sem mancha.
(c) Deveria ser morto no décimo quarto dia, à tardinha.
(d) O sangue derramado devia ser espar­gido sobre os umbrais das portas da casa.
(e) A carne do animal era assada no fo­go, para ser comida naquela noite.
(f) Devia ser comida com pão não levedado.
(g) Nem um osso deveria ser quebrado.
6. Era imperativo cumprir todas essas divinas instruções. Na verdade, tratava-se de uma questão de vida ou morte. Houvessem os israelitas, desconsiderado, em qualquer particular, as instruções dadas eles, junta­mente com os egípcios, haveriam perdido seus primogênitos pela mão do destruidor.
Não seria sua ilustre ascendência ou sua identidade étnica que os salvaria da décima praga, naquela inesquecível noite do desti­no. O Senhor mesmo havia determinado à Israel a única forma possível de escape:
"O sangue vos será por sinal nas casas em que estiverdes: quando Eu vir o sangue, passarei por vós e não haverá entre vós pra­ga destruidora, quando eu ferir a terra do Egito." Êxodo 12: 13 (H).
7. Pela sua obediência, Israel deu evi­dência de sua fé na grande libertação que estava para lhes ser concedida. Eles reco­nheceram que eles mesmos tinham algo a fazer para garantir a segurança de seus pri­mogênitos. O sinal de sangue deveria ser colocado sobre suas casas. Esse sinal de sangue era a insígnia de proteção que tor­nou cada casa israelita um lugar seguro.
8. Então a praga foi aplicada com força esmagadora. O orgulho do Faraó que desa­fiava os céus estava agora humilhado até o pó.
O rei "levantou-se de noite, ele, todos os seus oficiais e todos os egípcios; e fez-se um grande clamor no Egito, pois não havia uma casa em que não houvesse um morto. Então, naquela mesma noite, chamou a Moi­sés e a Aarão e lhes disse: Levantai-vos, saí do meio do meu povo, assim vós como os fi­lhos de Israel; ide, servi ao Senhor, como tendes falado. Levai também convosco vos­sas ovelhas e vosso gado, como tendes dito; ide-vos embora, e abençoai-me também a mim. Os egípcios apertavam com o povo, apressando-se em lançá-los fora da terra, pois diziam: Todos morreremos." Êxodo 12: 30-33 (H).
9. Assim Israel tornou-se um povo livre — libertado pelo manifesto poder de Deus.
A gratidão e fé nos corações do povo encon­trou depois expressão no triunfante hino de gratidão registrado em Êxodo 15. Esse cân­tico, que comemora a grande libertação do povo hebreu, testifica de que Deus é a espe­rança de todos os que confiam nEle.
10. A Páscoa, com todos os seus aspec­tos essenciais, devia ser celebrada por Is­rael em nenhum outro lugar, exceto aquele que o próprio Deus designasse. Citamos:
"Não poderás sacrificar a páscoa em nenhuma das tuas cidades que te dá o Se­nhor teu Deus; senão no lugar que o Senhor teu Deus escolher para fazer habitar nele o Seu nome, ali sacrificarás a páscoa, à tarde, ao pôr do sol, ao tempo em que saíste do Egito." Deuteronômio 16: 5, 6 (H).
11. Por vários séculos, a observância das festas anuais de Israel centralizava-se em qualquer lugar que seu santuário portátil era localizado. Mas depois que o primeiro templo foi construído no reinado do rei Salo­mão (971-931 A. E. C.), Jerusalém era o local designado, como declarado:
"E a seu filho darei uma tribo: para que Davi, Meu servo, tenha sempre uma lâmpa­da diante de Mim em Jerusalém, a cidade que escolhi para pôr ali o Meu nome. " I Reis 11: 36 (H).

12. Surge naturalmente a pergunta quan­to a por que nosso Pai celestial enfatizava a morte de um cordeiro. É óbvio que Ele pode­ria ter libertado a Israel do Egito sem reque­rer que aspergissem o sangue de um cor­deiro sobre os umbrais de suas casas. Ele não tem nenhum prazer no derramamento de sangue, pelo fato em si. Uma vez, porém, que Deus requeria o derramamento desse sangue inocente devia ser feito porque Ele designara ensinar a Israel uma lição da maior importância, que não lhes poderia ser ministrada por qualquer outro meio ou méto­do melhor.
13. O oferecimento de sacrifícios ani­mais constituía a parte principal dos servi­ços rituais judaicos. Nenhum pecado pode­ria ser expiado sem derramamento de san­gue. Cada sacrifício requerido devido à transgressão revelava o caráter sagrado da lei de Deus, os Dez mandamentos, que o pe­cador havia quebrado. Pecar é quebrar os mandamentos, pois está escrito:
"Se uma alma pecar... contra qualquer dos mandamentos do Senhor. " Levítico 4: 2 (H).
E, novamente, foi claramente declarado:
"Pecado é a transgressão da lei. " I João 3: 4.
A morte dos animais sacrificados tam­bém apontava ao resultado final do pecado, que é a morte eterna.
Por isso é que era necessário no Dia da Expiação, ao qual chamamos de Yom Kip-pur, que o sumo sacerdote tomasse o san­gue expiatório do bode, morto como uma oferta pelo pecado em favor do povo, e o "aspergisse sobre o propiciatório, e também diante dele [isto é, a cobertura da arca]." Levítico 16: 15 (H).
Dentro da arca da aliança estavam guardadas as duas tábuas de pedra, nas quais Deus havia escrito com Seu próprio dedo Sua lei moral dos Dez Mandamentos. A violação de qualquer pre­ceito dessa lei era pecado, e a penalidade pela transgressão era a morte. A aspersão do sangue do animal morto como oferta pe­lo pecado em favor do povo significava que ele havia morrido para pagar a penalidade por sua transgressão daquela lei sagrada, dentro da arca.
14. Quando o homem pecava, ele ficava sob o poder da morte, pois lemos:
"A alma que pecar essa morrerá." Ezequiel 18: 4 (J).
"O salário do pecado é morte." Roma­nos 6: 23.
Ademais, sendo que "não há quem faça o bem, não, nem um" [Salmo 53: 4 (J)]. "Todos pecaram e carecem da glória de Deus" (Ro­manos 3: 23); toda a raça humana está sob essa sentença de morte. "Não há homem que não peque." I Reis 8: 46 (J); II Crônicas 6: 36 (J). "Não há um homem justo sobre a terra, que faça o bem e que não peque. " Eclesiastes 7: 20 (J). Não fosse pela bonda­de e misericórdia de Deus, todos teríamos sido mergulhados no desespero absoluto — todos estariam destinados à miséria e extin­ção eterna.
15. Por meio do sistema sacrifical, como uma lição objetiva, Deus ensinou a Israel que foi provido um meio pelo qual os reque­rimentos de Sua lei violada poderiam ser satisfeitos e, ao mesmo tempo, misericórdia poderia ser estendida ao pecador culpado.
Moisés escreveu com respeito a essa morte substituinte:
"Porque a vida da carne [do animal sa­crificado] está no sangue. Eu vo-lo tenho da­do sobre o altar, para fazer expiação pelas vossas almas: porquanto é o sangue que faz uma expiação em favor da alma." Levítico 17: 11 (H).
16. Neste curto verso Moisés declarou que o sangue derramado da inocente vítima animal faria expiação pela culpa da alma.
Foi Sua infinita compaixão e piedade pela raça caída que O moveu a conceber um pla­no pelo qual o homem pudesse ser redimido.
Toda oferta sacrificada deveria ser uma representação vivida do grande Sacrifício, o Messias, cuja morte vicária expiaria a culpa de quem houvesse quebrado a lei de Deus. Sua morte deveria confirmar e reassegurar a autoridade dessa lei e, ao mesmo tempo, tornar possível a Deus estender a misericór­dia e o perdão ao pecador crente e arrepen­dido.
17. Sendo que a lei de Deus é tão sagra­da como Ele próprio, somente um igual a Ele poderia fazer expiação por sua transgres­são. Portanto, ninguém a não ser o Messias poderia remir o homem caído da maldição ou penalidade da lei violada e trazê-lo nova­mente em harmonia com ela. O Messias ofereceu-Se para tomar sobre Si mesmo a culpa do homem pecador, a fim de resgatá-lo da ruína eterna. Ele Se dispôs a descer até às profundezas da miséria a fim de fazer isso. O Céu não fez qualquer outra provisão pela qual o homem penitente possa ser li­berto da condenação e servidão do pecado.
18. Esse sofrimento vicário de um Substi­tuto é claramente retratado em Isaías 53. Se nos familiarizássemos com esta escritura, abrir-se-iam perante nós visões da verdade e avenidas de investigação jamais sonha­das. Obteríamos uma nova concepção do caráter de Deus e melhor entenderíamos
Sua divina paciência e longo sofrimento com o pecador. O texto seguinte é a descri­ção de Isaías do divino Substituto — o Korban — que é o Cordeiro de Deus:
"Certamente nossas enfermidades Ele levou sobre si, e suportou nossos sofrimen­tos; e nós O reputávamos por aflito, ferido de Deus, e oprimido. E Ele (foi) ferido por conta de nossas transgressões, e moído por causa de nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz (estava) sobre Ele, e por meio de Seus açoites fomos curados. Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; ca­da um ao seu próprio modo, temos virado os nossos rostos; e o Senhor fez cair sobre Ele a iniqüidade de todos nós. Ele foi oprimido e humilhado, mas não abriu a Sua boca; Ele (foi) trazido como o cordeiro ao matadouro, e muda como uma ovelha perante os seus tosquiadores, Ele não abriu a sua boca. " Isaías 53: 4-7. (Heb.).
19. A quem se refere o termo "cordeiro" que é levado ao matadouro? Quem é esse sofredor que desviou a espada da justiça do culpado pecador e permitiu que ela traspassasse o Seu próprio coração? De quem está escrito que "O Senhor fez cair sobre Ele a iniqüidade de todos nós"? De nenhum outro a não ser o bendito Messias.
20. Sete séculos se passaram antes que a profecia acima, registrada por Isaías, en­contrasse seu cumprimento. O longamente esperado Messias, então, apareceu.
João "vê a Yeshua vindo para ele, e diz: Eis o Cordeiro de Deus, O que suporta o pe­cado do mundo!" João 1: 29 (Gr).
Mais tarde "estava João de pé, com dois dos seus discípulos e, vendo a Yeshua an­dando, disse: Eis o Cordeiro de Deus." Versos 35 e 36. (Gr.).
21. Observe que João, o precursor do Messias, e também um dos maiores profe­tas de Israel, apresentou a Yeshua como o Cordeiro de Deus. O antigo cordeiro sacrifi­cal simbolizava a Ele que era "o Cordeiro de Deus."
Paulo, o apóstolo judeu, declara:
"O Messias, nossa páscoa, é sacrifica­do por nós. " I Coríntios 5: 7 (Gr.).
Yeshua foi o verdadeiro antitípico Cordei­ro Pascal. Cada aspecto importante do anti­go cordeiro pascal teve seu correspondente e encontrou seu pleno cumprimento em Yeshua o "Cordeiro de Deus."
22. O cordeiro pascal era separado qua­tro dias antes de ser morto. A morte de Yes­hua foi planejada por líderes do Sinédrio vá­rios dias antes de Sua crucifixão e, por con­seguinte, Ele não mais caminhava aberta­mente entre o povo.
O cordeiro pascal deveria ser isento de mácula. A Escritura declara de Yeshua que ele era sem pecado.
"Aquele [Yeshua] que não conheceu pecado, Ele [Deus] o fez pecado em nosso favor, a fim de que nEle pudéssemos nos tornar em justos de Deus. " II Coríntios 5: 21.(Gr. )
O cordeiro pascal era morto no 14o dia de Nisã "entre as duas tardes" ou entre 3: 00 e 4: 00h da tarde. Yeshua foi crucificado no 14° dia de Nisã e morreu na hora nona, en­tre 3: 00 e 4: 00h da tarde. Mateus 27: 46, 50; Lucas 23: 44-46.
A fim de salvar o primogênito de morte certa, não era suficiente que o cordeiro pas­cal fosse morto. O sangue derramado tinha que ser aspergido sobre os umbrais da por­ta das casas. De igual maneira, não é sufi­ciente crer que o Messias morreu pelo mun­do. Nós temos de crer que Seu sangue foi derramado por nós, individualmente. So­mente ao nos apropriarmos dos méritos desse sangue e aplicarmos os benefícios de Sua morte expiatória à alma — crendo que Deus, por amor do Messias perdoa nossos pecados e nos purifica de toda iniqüidade — podemos ser protegidos da destruição fi­nal do pecado e dos pecadores.
"Se, porém, andarmos na luz, como Ele [Deus] mesmo está na luz, mantemos comu­nhão uns com os outros, e o sangue de Yes­hua, o Messias, Seu Filho, nos purifica de to­do pecado." I João 1: 7. (Gr. ).
A carne do cordeiro pascal devia ser co­mida na noite imediatamente seguinte ao pôr do sol que marcava o encerramento do dia em que era morto. Yeshua morreu no mesmo dia em que Ele foi crucificado.
"Já era quase a hora sexta [meio-dia], e as trevas caíram sobre toda a terra até à ho­ra nona [cerca de 3: 00h da tarde], deixando o sol (de brilhar); e o véu do templo foi partido ao meio. E clamando com uma grande voz, Yeshua disse: Pai, nas Tuas mão entre­go o Meu espírito! E, dito isto, Ele expirou." Lucas 23: 44-46 (Gr.).
O cordeiro pascal devia ser comido com pães sem fermento. Na Bíblia, o fermento é um símbolo do pecado. Pão sem fermento, portanto, é símbolo de sinceridade e verda­de. Citamos:
"Lançai vós fora o fermento velho, a fim de que possais ser uma nova massa, co­mo sois de fato sem fermento. Pois também o Messias, nosso [Cordeiro] pascal, foi sacrificado por nós. Por isso celebremos a fes­ta, não com o fermento velho, nem com o fermento da maldade e da malícia; mas com os não fermentados [pães] da sinceridade e da verdade. " I Coríntios 5: 7, 8 (Gr. ).
De igual modo, o fermento do pecado de­ve ser objeto de arrependimento e lançado fora e, em sinceridade e verdade, cada um de nós deve crer no Messias e receber vida e alimento da parte dEle mediante Sua Pala­vra.
Nenhum osso do cordeiro pascal devia ser quebrado. Ver Êxodo 12: 46; Números 9: 12. As pernas dos dois ladrões crucifica­dos com Yeshua foram quebradas a fim de apressar a morte deles; mas quando os sol­dados vieram a Yeshua, descobriram que Ele já tinha morrido.
"Os soldados, portanto, vieram e que­braram as pernas do primeiro e do outro ho­mem que tinha sido crucificado com Ele [Yeshua]; e vindo a Yeshua, quando viram que Ele já estava morto, não Lhe quebraram
as pernas.... Pois estas coisas aconteceram para que a Escritura pudesse ser cum­prida: Nenhum dos Seus ossos será quebra­do. " João 19: 32, 33, 37. (Gr.)
23. Pelo acima exposto, está claro que o cordeiro pascal era um símbolo, uma figura, uma lição objetiva representando a Yeshua, o Messias, como o verdadeiro Cordeiro de Deus. Assim, temos oferecido evidência indiscutível de que Yeshua é o Messias, o Cor­deiro de Deus. Ele morreu no mesmo dia e na exata hora do dia em que o cordeiro pas­cal devia ser sacrificado. O sacrifício do cor­deiro pascal trouxe a Israel o livramento do
cativeiro físico; a morte de Yeshua, o Cor­deiro Antitípico, nos livra da escravidão do pecado. Diz Deus:
"Suas próprias iniqüidades levará o perverso por si mesmo e ele será preso com as cordas de seus pecados. " Provérbios 5: 22 (H).
24. O pecado escraviza uma pessoa. O pecador é mantido preso com as cadeias de seus próprios hábitos ímpios. O enganador, ou adúltero, ou mentiroso, pode gabar-se de sua suposta liberdade mas, em realidade,
uma tal pessoa é mantida na pior espécie de escravidão; pois ela é uma escrava, amarra­da pelas correntes de sua própria culpa e hábitos pecaminosos. Há somente um po­
der que pode partir o terrível peso que o mantém sobre os corações dos homens e esse poder é o de Deus, através do Messias. Ele declara:
• "Em verdade, em verdade vos digo: To­do o que comete pecado é escravo do peca­do. Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeira­ mente sereis livres. " João 8: 34, 36.
Somente mediante o sangue de Yeshua, o Cordeiro de Deus, pode o homem resistir e dominar as propensões de sua natureza caí­da para o mal. Sem esse auxílio sobrenatu­ral, o homem está fadado a mergulhar mais profundamente no pecado.
"O pecado, uma vez consumado, traz a morte." Tiago 1: 15.
Yeshua diz a todos nós:
"Se não crerdes que Eu sou Ele [o Messias], morrereis nos vossos pecados." João 8: 24.
25. Acaso você, prezado leitor, desviou-se de Deus consumindo os frutos da trans­gressão, apenas para descobrir que estava sob a escravidão do pecado, buscando aquietar uma consciência perturbada, com o pensamento de algum dia, talvez em algu­ma terrível situação, vá modificar seu ímpio modo de vida? Isso, contudo, não è feito tão facilmente. Cada indulgência pecaminosa fortalece a aversão da alma contra Deus. O homem que manifesta uma dureza infiel ou uma teimosa indiferença à verdade divina, não está senão colhendo os frutos do que ele próprio semeou.
Em toda a Bíblia não há uma advertência mais terrível expressada contra o lidar com o mal do que a que pode ser encontrada nas palavras do sábio, de que o pecador "será amarrado com as cor­das de seu pecado." Provérbios 5: 22 (H).
26. As Sagradas Escrituras nos assegu­ram:
"E Deus prova o Seu próprio amor para conosco, porque enquanto nós ainda éra­mos pecadores, o Messias morreu em nos­so favor." Romanos 5: 8 (Gr. ).
O Messias nunca teria morrido por nós se o homem nunca houvesse quebrantado a lei de Deus, se o homem jamais houvesse pe­cado; mas quando o homem pecou, a lei requereu a penalidade de morte. Deus prepa­rou um meio pelo qual o homem não preci­sasse morrer ou perecer eternamente; por­tanto o Messias morreu em lugar do ho­mem. Ele deu Sua vida pela humanidade. E lembre-se:
"Deus prova o Seu próprio amor para conosco, porque enquanto nós ainda éra­mos pecadores, o Messias morreu em nos­so favor. " Romanos 5: 8 (Gr. ).
27. Para ilustrar o débito de gratidão que devemos a nosso divino Libertador, o bendi­to Messias, e também para que possamos compreender Romanos 5: 8 um pouco mais claramente, note a seguinte história:
Um garotinho estava brincando fora de sua casa com uma bola, enquanto sua mãe estava sentada na varanda, tricotando. Ele era apenas um menino de quatro anos de idade. Atirava a bola contra a parede e ao ela retornar, ele a apanhava. Porém, uma vez esta passou-lhe sobre a cabeça indo pa­ra a rua. Ele correu atrás dela, e um automó­vel o atropelou.
Sua mãe gritou e correu à rua, onde esta­va a criança, deitada sobre uma poça de sangue. Levaram-no correndo a um hospi­tal; o pai foi avisado e logo juntou-se a eles. O médico disse ao pai e à mãe: "Seu filho tem uma chance de vida em 50%. Contudo, ele perdeu muito sangue devido às hemor­ragias. Há somente uma maneira de salvar-lhe a vida, e é por uma transfusão sangüí­nea."
Assim, testaram o sangue do pai mas descobriram que não poderiam empregá-lo por não ser do tipo apropriado. A mãe, con­tudo, tinha o mesmo raro tipo de sangue da criança. Assim, eles tomaram uma quanti­dade de sangue dela e administraram à criança.
Poucos dias depois, o médico telefonou à casa dos pais da criança e disse: "O seu fi­lho está tendo problemas novamente. Temo que ele morra, a menos que possamos ob­ter o tipo apropriado de sangue e espera­mos que algum voluntário se disponha a fazê-lo. "
Nesse ínterim, não apareceu ninguém que tivesse o requerido raro tipo sangüíneo, e a mãe insistiu com o médico para que lhe fosse tirada outra quantidade de sangue. Mas o médico lhe disse: "Você não é sufi­cientemente forte. " Ela insistia: "Tire meu sangue; e deixe minha criança viver. " Ele retrucou: "Tirar-lhe-ei mais sangue se me prometer ficar uma semana de cama. "
Poucos dias depois, o médico retornou e disse ao pai e à mãe: "Novamente o seu fi­lho está tendo uma recaída. Temo que não há nada que possamos fazer. Temos feito apelos por sangue, mas das centenas de pessoas que têm aparecido, nenhuma tem o tipo correto de sangue. Por favor, não me peça para tirar mais sangue de você. Eu po­deria ir para a cadeia se o fizesse. "
A mãe levantou-se, ajoelhou-se aos pés do médico e suplicou-lhe que lhe tirasse tan­to sangue quanto fosse necessário. Ele dis­se: "Eu não deveria fazê-lo, mas vou extrair metade da porção costumeira." Novamente a criança reanimou-se. Poucos dias mais tarde, o médico veio à casa e a mãe ainda estava de cama. Dessa vez o médico lhes disse: "Agora eu temo trazer-lhes más notí­cias. Seu filho está definhando novamente mas eu não posso mais tomar sangue seu, não importa quanto o queira ou quão zelosamente insista comigo pois, se eu lhe extrair mais outra quantidade de sangue, você mor­rerá. Contudo, notifiquei aos que trabalham no laboratório do hospital para que o primei­ro indivíduo que aparecer com esse tipo de sangue, que dele extraiam o sangue e o ad­ministrem à criança. "
Na manhã seguinte o marido foi para o trabalho. Após ter deixado a casa, a mãe le­vantou-se, vestiu-se e chamou um táxi. Ela disse ao chofer: "Leve-me à barbearia mais próxima." Ao descer do táxi disse: "Espere-me aqui." Ela entrou na barbearia e falou ao barbeiro: "Faça-me um corte de cabelo de homem." Isso feito, ela saiu, entrou no táxi e foi para casa. Chegando em casa, ela cor­reu até o guarda-roupa do esposo e vestiu um terno, sapatos e chapéu do marido. En­tão chamou outro táxi e disse ao chofer para levá-la ao hospital onde seu filhinho es­tava morrendo. Chegando lá, entrou na fila das pessoas que aguardavam para fazer exame de sangue. Um dos atendentes aproximou-se e extraiu-lhe uma amostra de sangue, examinou-o e levou-o ao médico de plantão, dizendo: "Doutor, tenho um ho­mem aqui com o tipo raro de sangue de que necessitamos." Ele disse: "Então tire logo uma dose do sangue dele e aplique-o na criança." Ela amava muito aquele menino.
Finalmente, após o assistente ter aplica­do a transfusão de sangue, voltou e uma en­fermeira lhe disse: "Ouvi falar sobre aquele homem que desmaiou? Está em coma, ago­ra." Ele perguntou: "Onde está ele?" A en­fermeira respondeu: "Naquele quarto ali."
Ele foi lá e disse: "Dispa o homem e coloque-o na cama." Mas quando começaram a despir o homem, descobriram tratar-se de uma mulher e suspeitando que ele pu­desse ser a mãe da criança, chamaram o médico que cuidava do caso. Quando ele entrou no quarto, declarou: "É a mãe. Ela vai morrer."
Dirigindo-se ao quarto do menino, desco­briu que, em lugar de estar deitado sobre o leito, muito fraco para se mover, ele estava em pé, segurando o berço e dizendo: "Que­ro minha mãe; eu quero minha mãe."
Ele então lhe disse: "Filhinho, você vai vi­ver, mas sua mãe morrerá." O pai foi cha­mado e o médico lhe contou o que havia ocorrido. E também recomendou ao assis­tente: "Quero que aplique um estimulante a esta mãe, para que possa ver o seu filho vivo, antes que ela morra."
O estimulante foi administrado e logo a mãe começou a rea­gir e abrir os olhos, e a primeira coisa que seus olhos perceberam foi seu garotinho que o pai estava segurando e ela disse fracamente: "Filhinho, filhinho." O médico dis­se: "Sim, o filhinho vai viver. Já superou a crise."
Ela olhou para o menino e disse: "Graças a Deus," e reclinou sua cabeça e morreu.
28. Tal como aquela mãe deu o seu san­gue para que o seu filho vivesse, assim tam­bém Yeshua, o Messias, deu o Seu sangue para que pudéssemos viver. Já não é tem­po, agora, para entregar nosso coração a Yeshua e nos submetermos a Ele, para que quando o Messias vier novamente possa­mos ser salvos para sempre?
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Este material é parte integrante de uma série de 40 estudos de temas variados com títulos como: “A Maior Contribuição dos Judeus Para a Civilização” (Lição nº 02); “Por que Israel foi Antigamente escolhido por Deus” (Lição nº 16); “Conceitos Bíblicos e Talmúdicos Sobre O Messias” (Lição nº 17); “Como podemos identificar o Messias?” (Lição nº 23); entre outras.
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