"...estenderei a minha mão contra os habitantes desta terra, diz o SENHOR. Porque desde o menor deles até ao maior, cada um se dá à avareza; e desde o profeta até ao sacerdote, cada um usa de falsidade e curam superficialmente a ferida da filha do meu povo, dizendo: Paz, paz; quando não há paz. Porventura envergonham-se de cometer abominação? Pelo contrário, de maneira nenhuma se envergonham, nem tampouco sabem que coisa é envergonhar-se..." (Jeremias 6.12 a 15)

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Fogo Estranho – Falsos Reavivamentos

Muitos reavivamentos dos tempos modernos têm apresentado notável contraste com aquelas manifestações de graça divina que nos tempos primitivos se seguiam aos esforços dos servos de Deus. É verdade que se desperta grande interesse, muitos professam conversão, vão às igrejas; não obstante, os resultados não são de molde a autorizar a crença de que houve aumento correspondente da verdadeira vida espiritual. A luz que brilha por algum tempo logo se apaga, deixando as trevas mais densas do que antes.

Avivamentos populares são muitas vezes levados a efeito por meio de apelos à imaginação, despertando-se as emoções, satisfazendo-se o amor ao que é novo e surpreendente. Conversos ganhos dessa maneira têm pouco desejo de ouvir a verdade bíblica, pouco interesse no testemunho dos profetas e apóstolos. A menos que o culto assuma algo de caráter sensacional, não lhes oferece atração. Não é atendida a mensagem que apele para a razão desapaixonada. As claras advertências da Palavra de Deus, que diretamente se referem aos seus interesses eternos, não são tomadas a sério.

Para todo indivíduo verdadeiramente convertido, a relação com Deus e com as coisas eternas será o grande objeto da vida. ... Antes dos juízos finais de Deus caírem sobre a Terra, haverá, entre o povo do Senhor, tal avivamento da primitiva piedade como não fora testemunhado desde os tempos apostólicos. O Espírito e o poder de Deus serão derramados sobre Seus filhos. Naquele tempo muitos se separarão das igrejas em que o amor deste mundo suplantou o amor a Deus e à Sua Palavra. Muitos, tanto pastores como leigos, aceitarão alegremente as grandes verdades que Deus providenciou fossem proclamadas no tempo presente, a fim de preparar um povo para a segunda vinda do Senhor.

O inimigo das almas deseja estorvar esta obra; e antes que chegue o tempo para tal movimento, esforçar-se-á para impedi-la, introduzindo uma contrafação. Nas igrejas que puder colocar sob seu poder sedutor, fará parecer que a bênção especial de Deus foi derramada; se manifestará o que será considerado como grande interesse religioso. Multidões exultarão de que Deus esteja operando maravilhosamente por elas, quando a obra é de outro espírito. Sob o disfarce religioso, Satanás procurará estender sua influência sobre o mundo cristão.

Por que ser Enganado? Em muitos dos reavivamentos ocorridos durante o último meio século, têm estado a operar, em maior ou menor grau, as mesmas influências que se manifestarão em movimentos mais extensos no futuro. Há um reavivamento apenas emotivo, mistura do verdadeiro com o falso, muito apropriado para desviar. Contudo, ninguém necessita ser enganado. À luz da Palavra de Deus não é difícil determinar a natureza desses movimentos. Onde quer que os homens negligenciem o testemunho da Escritura Sagrada, desviando-se das verdades claras que servem para provar a alma e que exigem a renúncia de si mesmo e a do mundo, podemos estar certos de que ali não é outorgada a bênção de Deus. E, pela regra que o próprio Cristo deu - "por seus frutos os conhecereis" (Mat. 7:16) - é evidente que esses movimentos não são obra do Espírito de Deus.

Nas verdades de Sua Palavra, Deus deu aos homens a revelação de si mesmo; e a todos os que as aceitam servem de escudo contra os enganos de Satanás. Foi a negligência dessas verdades que abriu a porta aos males que tanto se estão generalizando agora no mundo religioso. Tem-se perdido de vista, em grande parte, a natureza e importância da lei de Deus. Uma concepção errônea do caráter, perpetuidade e vigência da lei divina, tem ocasionado erros quanto à conversão e santificação, resultando

em baixar, na igreja, a norma de piedade. Aqui deve encontrar-se o segredo da falta do Espírito e poder de Deus nos avivamentos de nosso tempo. ...

Pode Ser Mudada a Lei de Deus?

Muitos ensinadores religiosos afirmam que Cristo, pela Sua morte, aboliu a lei e, em virtude disso, estão os homens livres de seus requisitos. Alguns há que a representam como um jugo penoso; e em contraste com a servidão da lei apresentam a liberdade a ser desfrutada sob o evangelho.

Não foi, porém, assim que profetas e apóstolos consideravam a santa lei de Deus. Disse Davi: "Andarei em liberdade, pois busquei os Teus preceitos." Sal. 119:45. O apóstolo Tiago, que escreveu depois da morte de Cristo, refere-se ao Decálogo como a "lei real" (Tia. 2:8) e a "lei perfeita da liberdade". Tia. 1:25. E o autor do Apocalipse, meio século depois da crucifixão, pronuncia uma bênção aos que guardam os Seus mandamentos, "para que tenham direito à árvore da vida e possam entrar na cidade pelas portas". Apoc. 22:14. A declaração de que Cristo por Sua morte aboliu a lei do Pai, não tem fundamento. Se tivesse sido possível mudar a lei ou pô-la de parte, não teria sido necessário que Cristo morresse para salvar o homem da pena do pecado.

Fonte: Reavivamentos e seus resultados; pág. 9 a 11; CPB

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