"...estenderei a minha mão contra os habitantes desta terra, diz o SENHOR. Porque desde o menor deles até ao maior, cada um se dá à avareza; e desde o profeta até ao sacerdote, cada um usa de falsidade e curam superficialmente a ferida da filha do meu povo, dizendo: Paz, paz; quando não há paz. Porventura envergonham-se de cometer abominação? Pelo contrário, de maneira nenhuma se envergonham, nem tampouco sabem que coisa é envergonhar-se..." (Jeremias 6.12 a 15)

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Evangelismo "Isca e Anzol"?

Por: Anselmo Goldman
É freqüentemente sugerido que, como a maioria das pessoas (especialmente os jovens) não quer ouvir sobre o evangelho, temos que oferecer entretenimento evangélico e artimanhas evangelísticas como uma isca. Uma vez que os tenhamos atraído por esses métodos contemporâneos, então podemos "fisgá-las" com a mensagem verdadeira. O texto base para justificar o uso de métodos mundanos para alcançar pessoas é a afirmação de Paulo:
"Tornei-me judeu para os judeus, a fim de ganhar os judeus. (...) Para os que estão sem lei, tornei-me como sem lei (...), a fim de ganhar os que não têm a Lei. Para com os fracos tornei-me fraco, para ganhar os fracos. Tornei-me tudo para com todos, para de alguma forma salvar alguns." (I Coríntios 9:20-22). Assim, alguns defendem, devemos usar qualquer coisa que seja agradável ao ouvido das pessoas, de forma a conseguir ouvintes para o evangelho.
Mas o contexto nos revela que Paulo estava falando de pregação (ver do verso 16 em diante) não do uso de métodos mundanos de evangelismo. O apóstolo afirmou que em sua pregação e testemunho, sempre adaptava a mensagem ao nível de compreensão dos ouvintes. Em outras palavras, ele sempre falou de forma apropriada. Portanto, I Coríntios 9 não nos ensina que Paulo usou o método "isca e anzol" de evangelismo. Pelo contrário, ele convencia os diferentes povos sobre a Palavra de Deus utilizando a pregação como método.
Além disso, a igreja de Deus para os últimos dias foi divinamente confiada para proclamar o evangelho eterno. Esta comissão é um grande privilégio. Mas também é uma solene responsabilidade. Porque "o que se requer destes encarregados é que sejam fiéis"(I Coríntios 4:2). A fidelidade para a qual a igreja é chamada nos compele a preservar a integridade da mensagem através da preservação do método de comunicá-la.
Portanto, o apóstolo Paulo nos incita a não tentarmos "fisgar" pessoas através da "isca" do entretenimento, para que assim elas sejam "pescadas" para o evangelho. Ele escreve: "Pois nossa exortação não tem origem no erro nem em motivos impuros, nem temos intenção de enganá-los; ao contrário, como homens aprovados por Deus para nos confiar o evangelho, não falamos para agradar pessoas, mas a Deus, que prova o nosso coração. Vocês bem sabem que a nossa palavra nunca foi de bajulação nem de pretexto para ganância; Deus é testemunha." (I Tessalonicenses 2:3-5).
Note duas verdades nesta passagem. Primeiro, a palavra grega plane é traduzida como "erro". A última palavra sobre qualquer assunto deveria ser sempre verdade. "O Evangelho ou é verdade ou não é. Paulo baseou sua vida inteira na verdade do evangelho. Em nossos dias há uma tendência de julgar padrões pelos valores errados. Com freqüência ‘isso funciona?’ é perguntado mais vezes do que ‘isso é verdade?’. O teste de validade do evangelho é a verdade. O perigo em pregar somente para atrair os ouvintes é obvio. É muito mais fácil conseguir prover soluções que funcionam do que fornecer verdades a serem confrontadas. O teste de fogo para todo sermão ou classe bíblica deve ser: isso é verdade? Se Cristo é meramente apresentado como um meio pelo qual conseguimos sucesso, felicidade, ou qualquer outra coisa, estamos traindo o Evangelho do Senhor. Somos culpados por engano e erro, mesmo que estejamos tendo sucesso em atrair seguidores.
Segundo, a palavra grega dolos, traduzida por "engano" em I Tessalonicenses 2:3, significa "artifício" ou "isca" (ou "astúcia", "sutileza", ou "chamariz"). Não há lugar para artifícios ou manipulação no evangelismo. Por isso a Bíblia na Nova Versão Internacional traz a passagem com a seguinte tradução: Pois nossa exortação não tem origem no erro nem em motivos impuros, nem temos intenção de enganá-los (ênfase minha).
Não devemos empregar o "engano" na proclamação do evangelho. Nossa mensagem deve determinar o método. Paulo nos diz em I Coríntios 1 que quando os judeus quiseram ver milagres e os gregos quiseram ouvir sabedoria mundana, ele se recusou a curvar-se aos seus desejos porque Deus o havia ordenado a pregar do evangelho. Pregação efetiva é sempre o método preferencial para proclamar o evangelho.
Texto extraído de “Artimanhas Evangelísticas: A Loucura da Pregação ou a Pregação da Loucura - Samuel Koranteng-Pipim”

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...
Related Posts with Thumbnails